segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Edição nº11




Cronicazinhas...

O Núcleo Cultural da Horta na cultura do Faial

O Núcleo Cultural da Horta (NCH) foi fundado a 20 de Março de 1954. Os seus Estatutos iniciais foram aprovados por despacho ministerial de 24 de Março de 1955. Os actuais datam de 2007 e, ambos atribuem ao Núcleo a competência de: «a) Promover ou patrocinar estudos históricos, etnográficos, linguísticos e científicos, relativos aos Açores, em geral, e, em especial, à ilha do Faial; b) Promover a publicação ou divulgação de trabalhos culturais, de reconhecido valor; c) Publicar com regularidade o seu “Boletim”; d) Promover ou patrocinar outras manifestações culturais, compatíveis com a actividade do NCH».
Surgido na sequência da criação do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1942) e do Instituto Cultural de Ponta Delgada (1943), o NCH foi a resposta institucional local às necessidades e exigências da sociedade faialense de meados do século passado na área da promoção e do desenvolvimento cultural.
Com o 25 de Abril de 1974, com a democratização cultural que o acompanhou, com o surgimento do Governo Regional dos Açores e dos seus departamentos na área da cultura que promovem actividades próprias, com a progressiva intervenção das autarquias locais na organização de eventos culturais, com a fundação e consolidação da Universidade dos Açores, com tudo isso, o espaço de intervenção e o papel do NCH foi reduzido e teve de ser repensado.

Actualmente o NCH tem procurado desenvolver, na medida das suas possibilidades, a sua acção direccionada em três frentes: de um lado, dando prioridade à publicação regular daquele que é, desde a sua fundação, o seu ‘rosto’: o Boletim do NCH. Por outro lado, apostando no desenvolvimento de projectos de cooperação, envolvendo a Câmara Municipal e outras instituições culturais locais em parcerias que têm permitido, por exemplo, concretizar iniciativas com a relevância do Colóquio «O Faial e a Periferia Açoriana nos Séculos XV a XX». Finalmente, o Núcleo tem procurado desenvolver uma política editorial que concilia a publicação de fontes e estudos considerados importantes para o conhecimento do nosso passado colectivo com a edição de obras destinadas à divulgação cultural e de autores locais.

Neste contexto, o NCH tem vindo a procurar afirmar um lugar no conjunto da promoção cultural no Faial: um lugar que não é o do eruditismo elitista, nem o da cultura popular, antes, sim, um espaço híbrido, movente, dinâmico, que se situa entre a erudição e a investigação universitárias e a ligação à comunidade concreta que serve e à dimensão popular que uma divulgação cultural actuante exige.

Por outro lado, tem sido o seu desafio quotidiano encontrar financiamento regular e suficiente para a concretização dos seus projectos. Inserido numa comunidade com cerca de 15.000 habitantes, com um tecido empresarial de poder limitado e na sua maioria sem disponibilidades para investir em actividades culturais, dificilmente o NCH consegue quebrar a dependência financeira dos apoios oficiais. Daí a importância determinante e crescente que os apoios oficiais possuem na viabilização das actividades do NCH.

Por isso, urge que os departamentos governamentais olhem para os institutos culturais açorianos como parceiros privilegiados e capazes de assumir directamente algumas vertentes da intervenção cultural nos Açores. Nessa medida, a actual política de apoios oficiais necessita ser repensada e reformulada de modo a permitir que os financiamentos viabilizem de facto as iniciativas e não sejam habitualmente um apoio mitigado e insuficiente.


Jorge Costa Pereira


Obama 
Momento Inspirador


Perante 2 milhões de pessoas em Washington D.C. e muitos milhões em todo o mundo, tomou posse no dia 20 de Janeiro o 44º Presidente dos E.U.A., Barack Obama.

Pelas suas próprias palavras e por tudo o que se tem dito, uma nova era se abriu para a história da América e, espera-se, para o resto do planeta.
Em perto de vinte minutos, Obama sintetizou os seus propósitos tendo referido a crise económica e financeira, a guerra e a paz, os direitos humanos, o respeito pela Constituição, a energia e o ambiente e o papel do seu país nas relações internacionais.

Disse Obama que, “o mundo mudou e que nós temos de mudar com ele”.

São assim grandes os desafios e enormes as expectativas, embora todos saibamos que um homem sozinho, por mais capacidade e carisma que tenha, não pode mudar tudo.

Creio contudo que esta eleição constitui um momento inspirador para a humanidade.

Nesta nossa vida e no meio de tanta desgraça, de guerras, de fome, de crises várias, de fraudes e corrupção e de tantos outros flagelos, são momentos como este e homens como Obama que nos inspiram e nos fazem acreditar que nem tudo está perdido e que vale a pena continuar a lutar por valores.

Gandi, Luther King e Mandela são exemplo de personalidades que inspiram as nossas vidas e enriquecem o nosso quotidiano.

Que os Deuses te ajudem Barack Obama e que te julguem pelo teu carácter e não pela cor da pele, como sonhou Martin Luther King.

PS- Pela net chega-me esta frase:
“Se eu soubesse que a América seria governada por um de nós, jamais teria mudado de cor. “ (Michael Jackson)

Fernando Menezes



Colaboradores:

Fotografia: António Viana
Crónicas: Jorge Costa Pereira e Fernando Menezes
Gatafunhos: Tomás Silva
Chegadas: Aurora Ribeiro
Cinema: Fausto André
Arquitectura: Albino
Artes Plásticas:
Ana Correia
Literatura: Ilídia Quadrado
Ciência: Andreia Braga Rodrigues
Ambiente: Dina Dowling
Saúde: Fausto André


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